sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Geração de órfãos de pais vivos...vamos mudar esse cenário?

O post do Blog Mulheres 7X7 teve muitos cliques e isso me deixa muito feliz, porque parece que muita gente compartilha das opiniões do Sergio Sinay ou quer mudar de atitude. É triste saber que pela primeira vez na história, com tantos recursos e oportunidades, é a primeira geração de filhos órfãos de pais vivos. Por que? Porque temos priorizado "ter" coisas, fazer coisas e tudo mais, menos estar com nossos filhos. Sempre há que arranjar tempo pro trabalho, para curtir em casal, curtir com os amigos, fazer esportes, e por aí vai...mas com isso, sobra muito pouco tempo ou nenhum para educar, cuidar, dar exemplo e a mensagem que estamos passando é que basta ter dinheiro para comprar conforto, atenção, serviços e será que com isso não faremos uma sociedade ainda mais materialista? Tá quem me conhece, vai falar...pra ela fácil, sustentada pelo marido...mas não é fácil não. Eu tinha uma carreira, um emprego fixo, que eu poderia ter ficado lá, mas a rotina ou falta de rotina do trabalho me obrigariam a sair as 06:30, não ter hora para voltar e a viajar a qualquer momento, as vezes por 4 semanas seguidas e eu e meu marido decidimos abrir mão do nosso padrão de vida para cuidarmos mais de perto do nosso filho, da nossa família. É um mega esforço, mas eu podia ter escolhido não ter filho e continuar vivendo como antes.
Quem me conheceu naquela época, gerente de uma empresa americana no Brasil e agora, mãe em tempo integral, talvez, leve um susto.
Me arrependo? Não, estou sempre empreendendo, aprendendo muito sobre questões que talvez só seriam resolvidas num divã e sou responsável pela educação e cuidados do meu filho e vou buscar trabalhar, perto de casa, mesmo que tenha que me mudar, para não ficar horas no trânsito e tentar não entrar na correria do celular da moda, tablet, carro do ano, tv disso ou daquilo, porque pra acompanhar tudo isso, só vendendo a alma ao diabo, mesmo! Costumo dizer...claro que quero conforto, quero que meu filho tenha recursos, mas quero que ele tenha o nosso tempo, a nossa presença e não seja órfão de pai vivo...
Muitas amigas me aconselhavam a ter filho, ora para prender marido, ora para viver as delícias da maternidade, ora para que nossos filhos crescecem juntos, mas eu dizia que não queria ter filhos, nunca, jamais...porque era consciente da minha escolha, das minhas prioridades do momento. Mas quando decidi ter filho, foi de verdade e por inteiro. Talvez, por ter sido criada por minha avó, por ter perdido minha mãe de repente e ter tido que assumir minha irmã dez anos mais novas do que eu, por ter ajudado na criação de uma prima que ficou órfã e por ter sempre ajudado a olhar meus primos, que foram criados também na casa da minha avó, eu sempre soube a dedicação que criar um filho requeriria, e não entrei  enganada e sigo muito minha intuição e instintos maternos. Não quero terceirizar a educação e os cuidados do meu filho. Quero criá-lo e amo fazê-lo e peço a Deus luz divina para cumprir com amor, dedicação e maestria o papel mais importante que já assumi desde sempre.
Então, compartilho com vocês essa entrevista, pontual e bem bacana, pra gente refletir sobre a importância da presença dos pais e da atuação dos pais na vida dos pequenos, que precisam dos pais mais que tudo!

Feliz dia dos pais!

Artigo AQUI.

Estou louca para ler o livro e conhece-lo melhor Sergio Sinay. Parabéns!

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